Apesar dos alertas do Banco Central do Brasil (BCB), das campanhas de conscientização da Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN) e dos investimentos do sistema financeiro em segurança, um levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revelou que 20% dos entrevistados sofreram alguma fraude financeira nos últimos 12 meses, afetando aproximadamente 7,2 milhões de consumidores. As fraudes incluem clonagem de cartões, transações financeiras não autorizadas, emissão de cartões com documentos falsos e liberação de empréstimos fraudulentos. Segundo o Anuário de Segurança Pública de 2023, golpes envolvendo celulares, como o phishing e o o remoto, aumentaram 65,2% de 2021 para 2022. 5r5u3q
José Campello, da Vivacqua Advogados, aponta que o golpe mais comum atualmente é a falsa central de atendimento bancário, onde estelionatários se am por funcionários de instituições financeiras para induzir movimentações financeiras fraudulentas. Ele destaca a importância de buscar soluções em plataformas como o Consumidor.gov.br, que facilita a resolução de conflitos diretamente entre consumidores e empresas. Lançada em 2014, esta plataforma já registrou mais de 7,7 milhões de reclamações, 27,9% delas relacionadas ao setor bancário e de cartões de crédito. Embora o portal tenha uma taxa de resolução de 78%, muitos conflitos ainda acabam no judiciário, onde questões de consumo atingiram mais de 5,3 milhões de ações em 2023, com 9,32% relacionadas a atividades financeiras e de seguros.