A cremação, uma técnica funerária que transforma um corpo em cinzas por meio de um forno crematório, é praticada no Brasil, onde as cinzas resultantes podem ser utilizadas de várias maneiras, incluindo a fabricação de diamantes, em uma aceleração do processo natural. 2z5t1j
Vinicius Mello, CEO do Grupo Riopae no mercado funerário, aponta que, embora a dispersão das cinzas em locais significativos para o falecido seja comum, a decisão sobre o destino delas reflete os desejos expressos pelo morto e sua família.
Os diamantes produzidos a partir das cinzas podem ser incorporados em joias em memória ao falecido. "Uma opção é uma joia memorial, como um pingente ou anel, permitindo que os entes queridos tenham uma lembrança física do falecido", explica Mello.
Muitas famílias optam por manter as cinzas em casa em urnas especiais, geralmente de bronze, porcelana ou madeira, proporcionando uma conexão contínua com o falecido.
Mello destaca outras opções, como o sepultamento em cemitérios familiares, o espargimento em jardins memorial e armazenamento em columbários ou lóculos. Além disso, uma parceria internacional com a Celestis Memorial Spaceflights permite o envio de uma pequena quantidade de cinzas ao espaço para orbitar a Terra.
Outra alternativa é o uso das cinzas em urnas verdes, compostas por materiais orgânicos que servem de adubo para o crescimento de árvores.
O empresário relata experiências singulares ao longo de sua trajetória, como a dispersão das cinzas em um campo de futebol local, onde o falecido era um entusiasta, e em uma praça pública movimentada, em homenagem a uma figura conhecida na comunidade.
Essas cerimônias, embora singulares, destacam a diversidade de experiências e o amor que une as pessoas, mesmo na despedida.
No Congresso Nacional, o assunto também é discutido, como no caso do PL 5962/2013, que propõe a implantação de crematórios públicos em municípios com mais de 200 mil habitantes.