Duas semanas após ser condenada a 10 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) deixou o Brasil e fixou residência em um país da Europa, sem revelar qual. Em entrevista ao canal AuriVerde, no YouTube, Zambelli disse que possui cidadania italiana, o que impediria sua extradição, e justificou a viagem inicialmente como busca por tratamento médico. A parlamentar afirmou que pedirá afastamento não remunerado da Câmara dos Deputados, sendo substituída por seu suplente, Coronel Tadeu (PL-SP). 66f27
Zambelli itiu que a condenação influenciou sua decisão de deixar o país e criticou o sistema judiciário, questionando a proporcionalidade das penas. Ela foi condenada por invadir o sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) com a ajuda do hacker Walter Delgatti, também condenado no processo, e por falsidade ideológica. A decisão também prevê a perda de seu mandato após o trânsito em julgado e o pagamento de R$ 2 milhões em danos morais coletivos.
A deputada também responde a outro processo no STF por ter sacado uma arma de fogo e perseguido o jornalista Luan Araújo em 2022. Durante a entrevista, ela defendeu sua conduta e disse ter agido para proteger seu filho. Zambelli ainda comparou sua situação à de Eduardo Bolsonaro, que se afastou do cargo e foi morar nos Estados Unidos, alegando perseguição política.
Por fim, Zambelli afirmou que continuará atuando politicamente a partir da Europa e que sua mãe ficará responsável por istrar suas redes sociais. Reiterou críticas ao sistema eleitoral brasileiro e à Justiça, dizendo que agora poderá falar com mais liberdade. Segundo a parlamentar, sua saída não é abandono, mas uma forma de "resistência" e de retomada de sua voz contra o que chama de "ditadura judicial".