A Secretaria Municipal de Saúde de Erechim, por meio do Setor de Vigilância em Saúde (VISA), inicia uma série de reportagens informativas sobre zoonoses — doenças transmitidas entre animais e seres humanos. O primeiro tema abordado é a esporotricose. 2t2w5s
A médica veterinária da Secretaria de Saúde, Arieli Zibetti França, explica que a esporotricose é uma zoonose causada por um fungo do gênero Sporothrix, presente em ambientes como solo, vegetação, palha, espinhos e madeira — locais comuns em hortas, jardins e árvores. “A esporotricose é causada pelo fungo do gênero Sporothrix, um fungo encontrado no ambiente, como por exemplo no solo, nas árvores, palhas, vegetais, espinhos e madeiras. Fungo comumente encontrado em jardins, hortas e árvores onde os gatos gostam de afiar as unhas. Popularmente conhecida como doença do jardineiro, por afetar as pessoas que possuem contato direto com a terra”, explica.
Gatos são os principais afetados pela doença devido ao hábito de escalar e arranhar superfícies. A veterinária destaca: “O gato contaminado acaba contaminando os outros gatos durante as disputas e demais interações. O fungo permanece na árvore ou vegetação, podendo contaminar outros animais e humanos. O gato doente apresenta lesões de pele, no início parecem pequenos machucados, que evoluem para feridas, ficam apáticos (tristes), perdem o apetite, tem febre e secreção nasal”.
Tratamento 1s2o20
O tratamento da esporotricose é demorado e pode se estender por até um ano, com custos elevados tanto para animais quanto para humanos. Os animais infectados devem ser isolados até o término do tratamento, a fim de evitar a transmissão a outros animais ou pessoas. “A esporotricose é uma doença de difícil tratamento em felinos, pois a medicação deve ser istrada por via oral diariamente e os proprietários precisam utilizar luvas ou protetores para impedir a contaminação pela arranhadura”, alerta Arieli.
Prevenção d6v1l
A principal forma de prevenção é manter os gatos dentro de casa, evitando o contato com outros animais e possíveis disputas territoriais. “As brigas disseminam diversas doenças entre os gatos. A castração é uma forma de prevenção, pois diminui o risco de fugas e de brigas por território. Outro ponto é a utilização de luvas para trabalhos em locais com matéria orgânica (hortas e jardins) pois essa é a principal forma de prevenção para humanos. Importante destacar que é preciso procurar atendimento veterinário sempre que o seu animalzinho apresentar sintomas ou comportamento diferente do habitual, em caso de lesões em humanos, procure atendimento médico”, finaliza a médica veterinária.